Ser psicóloga é tocar a alma das pessoas. É sentir profundamente os afetos que cada pessoa experimenta – o que a faz sofrer, se alegrar, ter medo, ter esperança, ter coragem, sentir amor e raiva…
É entrar em contato com o que há de mais nobre na natureza humana, mas também o que há de mais hostil – e entender que ambos fazem parte da nossa existência.
Entendi que todos somos atravessados por diversos sentimentos e somos vulneráveis diante da complexidade da existência, mas seguimos sentindo a vida pulsar. Mesmo perdidos, estamos sempre procurando um caminho menos tortuoso.
Dessa forma, aprendi a reconhecer e acolher a minha própria humanidade ao entrar em contato com a humanidade das outras pessoas e entender que somos tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo.
Pude sentir o que os outros sentem, pude oferecer meus mais sinceros sentimentos pela dor que cada um carrega e também pelas alegrias.
E como ofício, aprendi que ser psicóloga é oferecer um espaço para as pessoas sentirem e entrarem em contato com a própria alma, se ouvirem, se entenderem, se tornarem quem são e amarem a si mesmas. Só assim é possível se reconciliar consigo mesma, com as outras e com a própria vida.
Resumindo, aprendi que ao tocar uma alma humana, eu sou apenas outra alma humana, como bem disse o Jung.
Quero parabenizar minhas colegas e meus colegas por também terem escolhido se dedicar a esse ofício, que direta e indiretamente, contribui para a construção de um ambiente melhor para se viver, dentro e fora de de nós.

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